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Vamos desmistificar o passo de pedir ajuda?

Vamos desmistificar o passo de pedir ajuda?

A todo o momento lidamos com estímulos muito diversos, incontáveis interações com pessoas e exposição a acontecimentos de diferente natureza. Não é de admirar, por isso, que daí resultem quer contextos positivos, que surjam tanto situações positivas como algumas passíveis de desafiar o nosso bem-estar e equilíbrio. Não podemos controlar tudo o que nos rodeia, mas podemos (e devemos) manter-nos alerta quanto ao que pode ameaçar a nossa saúde mental e, se necessário, muito importante, procurar ajuda. A realidade é que nem sempre isto acontece e, para muitos pedir ajuda é ainda um passo difícil de dar mas as razões estão identificadas e refletir sobre elas pode ser um bom começo.


Por que é difícil pedir ajuda

Uma das razões prende-se com o desconhecimento sobre por onde começar e a quem nos dirigimos. Também o facto de não nos sentirmos bem faz com que a decisão de pedir ajuda seja particularmente difícil e leve mais tempo, além das dúvidas sobre se precisamos realmente de o fazer.

Também o estigma associado às questões em torno da saúde mental pode fazer-nos recear julgamentos (ex: outros acharem que estamos “malucos”) ou pensar que pedir ajuda coloca em causa a nossa “reputação”. Infelizmente, dificuldades e problemas de saúde mental são ainda consideradas, por algumas pessoas, como “coisas que existem apenas na nossa cabeça” e que se resolvem com “força de vontade”, ideias que não correspondem de todo à realidade.

Um outro fator decorre de preferirmos não admitir que algo menos bom nos está a acontecer e acreditar que “devemos ser fortes e resolver os nossos problemas sozinhos”, que pedir ajuda é sinal de fraqueza e, ainda, considerarmos que as nossas dificuldades ou problemas, comparativamente às de outras pessoas, não são suficientemente importantes. Na verdade, procurar ajuda é um sinal de coragem e confiança porque embora um/a Psicólogo/a não nos diga o que fazer ou resolva os problemas por nós, pode ajudar-nos a encontrar respostas.

Muitas vezes, surge também a ideia de que falar sobre as nossas dificuldades e preocupações vai tornar tudo pior, mas, na realidade, o que acontece quando falamos ­com um profissional habilitado sobre pensamentos e sentimentos que são difíceis para nós é que a sua intensidade diminui, sentimo-nos menos sozinhos e podemos encontrar novas perspetivas e soluções para o que nos perturba.


A quem podemos ou devemos recorrer

Um profissional de Psicologia possui habilitações, competências e domínio da Ciência Psicológica, pelo que é quem melhor pode ajudar nas mais diversas situações e problemas.


Situações em que podemos considerar pedir ajuda

  • Quando sentimos necessidade de perceber melhor o que estamos a sentir
  • Quando precisamos de ajuda para resolver um problema
  • Quando queremos partilhar uma preocupação
  • Quando precisamos de apoio para tomar decisões em momentos importantes da nossa vida

Estas são, entre muitas, algumas das situações em que poderemos recorrer à psicologia.


Sinais de alerta que não devemos ignorar

Há sinais de que algo não está bem e que são muito evidentes, como querermos magoar-nos a nós próprios ou ideias suicidas. No entanto, existem outros mais subtis:

  • perda de interesse nas nossas atividades de lazer favoritas;
  • alterações nos nossos hábitos de sono;
  • alterações nos nossos padrões de alimentação (muito apetite, perda de apetite)
  • outras vezes ainda, algo parece estranho, mas não sabemos muito bem explicar o que é.

Por isso, é importante prestarmos atenção a todos os sinais e monitorizarmos a forma como nos sentimos. Para ajudar nesta identificação, preencha a checklist Como me Sinto?

Alguns dos sinais e sintomas mais comuns poderão incluir:

  • Ansiedade, preocupação e medo intensos e persistentes
  • Sentimentos de tristeza duradouros
  • Baixa autoestima
  • Dificuldades de concentração
  • Falta de prazer nas atividades de lazer habituais
  • Sentimentos de desespero
  • Irritabilidade e zanga fáceis
  • Falta de motivação
  • Alterações nos padrões de sono e/ou alimentação.
  • Evitar familiares e amigos, isolando-se
  • Agressividade contra si próprio ou contra outros (ex: automutilar-se, envolver-se em lutas ou ideação suicida)
  • Consumo excessivo de álcool, drogas e outras substâncias

Se tem algum ou vários destes sinais, pedir ajuda é crucial.


Pedir ajuda é prevenir

Não precisamos esperar por situações de crise ou por estarmos desesperados para pedir ajuda. Pelo contrário: quanto mais cedo procurarmos ajuda, mais eficaz será a solução das dificuldades e problemas. Basta termos algo que nos incomoda ou experiências dolorosas no nosso passado que nos desconfortam, interferem com a nossa vida e nos impedem de atingir os nossos objetivos, sentirmos dificuldades em determinadas relações, andarmos mais tristes e preocupados do que é costume, sentirmo-nos infelizes no nosso trabalho ou apenas querermos descobrir mais sobre nós, criar um propósito e desenvolvermo-nos. Ao fazermos isto, estamos a robustecer-nos e a prevenir situações mais críticas.

Algumas ideias a reter:

  • Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim de maturidade e responsabilidade.
  • Considere todos os sinais de alerta, incluindo aquela sensação de que “alguma coisa não está bem”.
  • Não desvalorize as dificuldades e os problemas na esperança que desapareçam sozinhos.

Procure ajuda, um profissional de psicologia pode ajudar. Não hesite em procurar ajuda.

Autoria: Ordem dos Psicólogos Portugueses
Apoio e edição: Multicare
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